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sexta-feira, 23 de março de 2012

Trote POLÊMICO na UFMG.

O campus Pampulha da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foi palco, ontem, de um escândalo envolvendo o trote de alunos do curso de turismo. Era horário de almoço quando duas calouras foram vistas presas a uma árvore, ao mesmo tempo em que dois veteranos, caracterizados de policiais militares, faziam as moças chuparem pedaços de pau, que simulavam cassetetes.
Apesar do conteúdo pornográfico e ofensivo da cena, as alunas disseram à diretoria do Instituto de Geociências (IGC), responsável pelo curso, que não foram obrigadas a nada e que continuariam participando das "brincadeiras". Segundo uma caloura, as estudantes foram amarradas de "forma carinhosa" em um poste e tiveram que dar um selinho no pedaço de madeira. "Tudo era brincadeira. Isso a gente vê em programas como Pânico e CQC, na televisão, e ninguém vê problema em nada", disse Mellissa Caetano.
A UFMG proíbe trotes, mas nem por isso consegue impedir a recepção feita por turmas organizadas aos calouros. "Os seguranças têm ordem para acompanhar as brincadeiras e interferir diante de qualquer ato que prejudique a integridade física e moral dos nossos estudantes", explicou o diretor de assuntos estudantis da universidade, Luís Guilherme Knauer.Pelo menos três seguranças faziam a vistoria do trote realizado no campus, em um gramado próximo ao IGC. Knauer também disse que presenciou parte do trote e viu apenas os veteranos jogando lama nos calouros.
Porém, a brincadeira foi mais além, e os estudantes usaram barbantes para envolver as duas alunas à arvore, segundo relato de testemunhas. Dois rapazes, um vestido com uma camiseta camuflada e outro com um coturno, teriam usado camisinhas para revestir os pedaços de pau. "Elas não foram obrigadas a chupar, só participou quem quis, foi tudo uma brincadeira", relatou a veterana Anna Luiza Prata Lelis, do 5º período.
Alertada sobre a violência do trote, a diretora do IGC, Tânia Mara Dussin, foi ao local e conversou com cada uma das mulheres presentes para saber se elas estavam sendo constrangidas ou obrigadas a participar. No entanto, as calouras negaram qualquer coação e quiseram continuar.
Diferente do trote organizado ontem, a Território Empresa Júnior de Turismo da UFMG promove, desde o início do mês, o Trote Solidário, com doação de sangue dos estudantes. (fonte:Super Noticias)

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